Análise: Flamengo segue manual da preparação perfeita e chega em alta para prova de fogo na Supercopa

 

Goleada contra o Madureira apresenta repertório de jogadas ofensivas, agressividade e objetividade para encerrar "pré-temporada" de quase um mês visando jogo com o Palmeiras, domingo, em Brasília



Repertório, objetividade, pontaria e postura agressiva do início ao fim. O futebol não costuma ter muita fórmula de sucesso, mas, se tivesse, o dever de casa do Flamengo no Carioca foi perfeito para chegar voando na Supercopa do Brasil, domingo, diante do Palmeiras, no Mané Garrincha.


Gabigol comemora em Madureira x Flamengo — Foto: ANDRÉ FABIANO/CÓDIGO19/ESTADÃO CONTEÚDO


Se o 3 a 0 diante do Bangu já apresentou um time avassalador, mas que oscilou na voltagem no decorrer do jogo, não há o que falar do 5 a 1 sobre o Madureira. A performance foi tão alto nível que dá para relevar até o gol de cabeça de Luiz Paulo em desatenção no posicionamento em cobrança de escanteio. O Flamengo amassou o Tricolor Suburbano em Volta Redonda, ao ponto de Felipe Lacerda ter enumerado boas defesas mesmo tendo buscado cinco bolas no fundo do gol.


Flamengo contra o Madureira


  • 73% de posse de bola
  • 27 finalizações (19 só no primeiro tempo)
  • 15 na direção do gol
  • 8 escanteios

É importante pontuar que o Madureira estava invicto e briga por uma vaga nas semifinais do Carioca. A ousadia nas saídas em contragolpes mostrou que o time de Alfredo Sampaio não queria ficar só lá atrás se defendendo. Não teve muito jeito, porém, e o que se viu foi um time acuado diante do volume de jogo e repertório ofensivo do Flamengo.


Rogério Ceni na partida do Flamengo contra o Madureira — Foto: Alexandre Vidal/Flamengo


Os números apontam 73% de posse de bola, 27 finalizações (19 só no primeiro tempo), 15 na direção do gol e oito escanteios. Some a isso três bolas na trave e um gol mal anulado de Gabriel. Um atropelo do líder do Carioca, que não quis saber de pisar no freio para se poupar visando o Palmeiras.


Muito da força ofensiva se deu pelo posicionamento dos volantes. Diego e Gerson jogavam quase que como meias, e os meias Ribeiro e Arrascaeta como atacantes. Era uma avalanche vermelha e preta para cima do Madureira, que contava ainda com ultrapassagens constantes de Filipe Luís e Isla.


Quando se fala em repertório é preciso exemplificar que o Flamengo criou chances e marcou os gols de todas as formas possíveis: tabelas pelo meio, triangulações, bola parada, cruzamento da direita e cruzamento da esquerda. As duas semanas de pré-temporada parecem ter dado fôlego e confiança para que o time se jogasse de maneira ainda mais contundente ao ataque.


Diego, Gerson e Arrascaeta comemoram gol do Flamengo contra o Madureira — Foto: Marcelo Cortes/Flamengo


Outro ponto que chama a atenção é que, mesmo tendo pela frente um rival com as linhas baixas e que diminui os espaços, o time não perde mais tempo rodando a bola. Trata-se de um Flamengo objetivo, que tenta finalizar o quanto antes para levar o adversário ao nocaute.


A prática contra Bangu e Madureira comprovou a teoria do que deveria ser feito visando a Supercopa do Brasil. Resta passar no teste diante do Palmeiras para garantir a nota 10.


Por Cahê Mota ge— Rio de Janeiro



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